segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O Elefante Africano


O elefante africano está em vias de extinção devido ao aumento sem precedentes do comércio de marfim, proibido em 1989 por um tratado internacional, afirma um estudo publicado  na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Segundo Samuel Wasser, diretor do Centro de Biologia da Conservação da Universidade de Washington, a espécie desaparecerá da face da Terra se os países ocidentais não tomarem medidas contra o comércio de marfim.




O elefante africano é o mamífero mais pesado e o segundo mais alto do reino animal. Suas presas podem ter dois metros de comprimento e pesar 60 quilos cada uma. O perigo que ameaça o elefante africano parece ter sido exacerbado pelos preços crescentes do marfim nos mercados internacionais e pelo crescente desenvolvimento econômico chinês.
Em 1989, ano em que a proibição entrou em vigor, o preço de um quilo de marfim era de US$ 100 no mercado negro. Em 2004, esse preço havia subido para US$ 200 e, no ano passado, a grande demanda fez com que chegasse a US$ 750.
Em seu estudo, o cientista afirma que a diminuição do número de elefantes terá conseqüências graves não apenas para a espécie, mas também para o habitat. "Os elefantes são uma espécie importante, e eliminá-la significa alterar o habitat. Isto tem conseqüências para muitas outras espécies", disse.

Segundo o cientista, o recente crescimento da economia chinesa é uma das principais forças do mercado negro de marfim. Isso não apenas provocou uma alta dos preços, mas também impulsionou a participação do crime organizado. Wassers afirma que a melhor forma de impedir a intervenção das máfias é tomar medidas relativas às fontes do marfim.

A longa tromba do elefante pode assumir as funções de nariz, mão ou pata extra. Usam-na para recolher alimentos, beber água e cavar. Para além de ser útil na delicada recolha de bagas com os dois “dedos” nas extremidades, a trompa é forte e muscularmente apta a lutar ou arrancar árvores.

Os dentes de elefante são incisivos muito compridos – tanto o elefante africano macho como a fêmea os têm. O comprimento do seu dente é directamente proporcional à quantidade de minerais ingerida na sua dieta alimentar – quanto mais rica esta for, mais compridos são os dentes. Os elefantes têm um molar grande transversalmente orientado em cada metade do maxilar inferior e superior, perfeitamente adequados para mastigar os alimentos fibrosos que o elefante ingere. Os molares de elefante crescem seis vezes consecutivas durante a sua vida e podem ser usados para determinar a idade do elefante.
De uma maneira geral, os elefantes são animais sociáveis e formam pequenos grupos familiares que incluem uma idosa matriarca, vários descendentes e as suas crias. Os elefantes partilham muitas vezes uma mesma área por grupos de família diferentes. Quando se cruzam em poços de água e outras reuniões, saudam-se mútua e afectivamente com as suas trombas.
Os elefantes emitem um pesado som de trompete quando se sentem alarmados, o que leva a que o seu grupo forme um círculo protector em volta dos membros da família mais novos. Os elefantes emitem também chamadas de baixa frequência que lhes permitem comunicar a uma distância de oito a dez quilómetros.
Os elefantes passam 16 horas por dia a comer e o resto do tempo passam-no a beber, a banhar-se, a brincar e a descançar. Os elefantes digerem apenas 40% daquilo que ingerem e necessitam beber entre 25 a 40 litros de água por dia. Os elefantes são herbívoros e comem erva, folhas, pequenos galhos, cortiça, fruta e sementes de vagem. 

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